TRADUÇÃO DO CONHECIMENTO

QUEM SOMOS

Um grupo de pesquisadores engajados em traduzir evidências científicas visando contribuir com a saúde bucal na América Latina e Caribe. O grupo é formado por membros da LAOHA (Latin American Oral Health Association) e do Observatório Ibero-Americano de Políticas Públicas em Saúde Bucal, que tem como foco produzir, sintetizar e traduzir evidências que permitam a ampliação do acesso e a qualificação do serviços públicos na área da odontologia.

O objetivo da iniciativa é acelerar o processo de implementação de evidência, fazendo com que a pesquisa possa impactar no cotidiano da sociedade. Este projeto nasce da certeza que a evidência pode ajudar a melhorar sistemas, programas e políticas de saúde, desde que possamos contextualizar os achados das pesquisas às realidades locais/regionais.

O QUE É?

A tradução do conhecimento é definida como uma série de ferramentas e atividades que aproximam a pesquisa de profissionais e formuladores de políticas, e tem como objetivo levar as melhores evidências científicas para as pessoas certas no momento certo (Salvo, 2021).

A utilização dos achados de pesquisa se faz tão importante quanto a produção do conhecimento na ciência, no entanto, esse é um desafio global. Pesquisas apontam que pacientes, programas políticos e sistemas de saúde sofrem com essa lacuna (Grimshaw, 2012). A comunicação da ciência na saúde, além de fundamental para o compartilhamento dos saberes, favorece a sua utilização na tomada de decisão e consequentemente melhora a prática clínica e as políticas de saúde.

Na odontologia, por exemplo, a gravidade das doenças bucais é um problema persistente, observa-se, que ainda apresentamos um quadro global precário de saúde nas populações.

aproximadamente 100% dos adultos apresentam a doença, e cerca de 30% dos idosos não apresentam dentes naturais como consequência dela (WHO, 2003).

decíduos e 25,9% em dentes permanentes (WHO, 2022).

de saúde pública.

idade escolar e aproximadamente 100% dos adultos apresentam a doença, e cerca de 30% dos idosos não apresentam dentes naturais como consequência dela (WHO, 2003).

tratada é de 46,4% em dentes decíduos e 25,9% em dentes permanentes (WHO, 2022).

Como resposta a este quadro, em 2021, durante a 74ª assembleia da OMS decide incluir a saúde bucal como uma área de interesse direcionando metas dentro de um projeto de estratégia global.

Esse perfil epidemiológico é complexo e determinado por diferentes fatores, no entanto esse panorama não pode ser relacionado com a falta de pesquisa científica sobre o tema, nem tão pouco com a força das evidências científicas disponíveis para combater esse problema. Mundialmente diferentes grupos se preocupam em produzir ciência sobre a temática da cárie, como por exemplo, The European Organisation for Caries Research or ORCA, em sua revista Caries Research, publicam diferentes evidências sobre a temática, mas mesmo com esse esforço a lacuna entre o saber e a prática da evidência ainda persistem.

Nesse contexto, nosso objetivo é identificar as principais mensagens produzidas pelas pesquisas e adaptá-las para os diferentes públicos com produtos de comunicação efetivos e de fácil acesso.

Referências:

Salvo MP, Moxon D. Guide to knowledge translation: communicating youth research in six steps. Council of Europe and European Commission. 2021.

World Health Organization. The World Oral Health Report 2003: Continuous improvement of oral health in the 21st century – the approach of the WHO Global Oral Health Programme. WHO/NMH/NPH/ORH/03.2 The World Oral Health Report 2003.

World Health Organization. Global oral health status report: towards universal health coverage for oral health by 2030. Geneva: World Health Organization; 2022. Licence: CC BY-NC-SA 3.0 IGO.

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